segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Record vai concentrar seus novos investimentos entre 17h e 22h

Com a grade de 2011 praticamente definida pelo Comitê Artístico já é possível notar em qual direção estará o investimento da Record nos próximos dois anos. A emissora concentrará seus esforços na faixa entre 17h e 22h, período em que a Globo registra audiência elevada e garante a maior parcela de participação de público. O objetivo dos executivos da Record é tirar audiência da concorrente nestas 5 horas, aumentando gradativamente sua presença no final da tarde e início da noite e, com isso, antecipar o efeito cascata.
A decisão foi tomada depois que estudos numéricos apontaram que na faixa da manhã Globo, Record e SBT estão praticamente equilibradas, com diferenças pequenas nas principais capitais do país e que após às 23h com os realitys a emissora consegue se aproximar da terceira linha de shows da concorrente ou, no caso de “A Fazenda”, ultrapassá-la. Toda esta projeção não leva em consideração uma possível retomada do SBT ou o crescimento da Band. Na lista de investimentos da Record estão os jornais regionais com tom popular na faixa das 19h e novelas no final da tarde e às 21h30. A partir das 22h30 a Record exibirá realitys, filmes e humorísticos. O plano começa a ser executado em março, quando entram no ar “Rebeldes” e a novela de Cristiane Fridmann.
Ainda há uma certa dúvida com a faixa mais indicada para a adaptação de “Rebeldes”. Uma ala acredita que trata-se de uma produção com força para atrair a audiência adolescente que já não vê mais graça em “Malhação”. Outro grupo defende sua exibição às 19h para tirar o jovem da novela da Globo. Para o miolo da tarde (15h às 17h) a Record deve manter o “Tudo a Ver” com suas intermináveis reprises e rankings de artistas e celebridades. Entretanto, há quem afirme o Comitê Artístico não descartou a possibilidade de um programa inédito ocupar parte da grade vespertina para, pelo menos, atrair faturamento. O problema é que esses executivos preferem um foco bem estreito quando se fala em investimentos para não desperdiçar a munição numa guerra onde a média/dia é o grande alvo a ser conquistado.
As informações são do jornalista José Armando Vannucci do Parabólica JP.

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