MOMENTO AUTO AJUDA!
(que não vai ajudar ninguém, que fique claro...)
Hoje é mais um dia comum no meu dia a dia. Ou melhor, nem tanto. Desde que cheguei aqui em Salvador, percebi que teria um leque de possibilidades se abrindo na minha frente sempre. Descobri que não são tantas as possibilidades, mas que também não são tão poucas. Primeiro dia de aula na faculdade de artes, turmas novas, pessoas novas e problemas novos. Logo de cara teve uma puta encrenca na hora de fazer minha matrícula. Usei de todos os ensinamentos aprendidos em livros de auto ajuda para driblar a irritação por ter de suportar aquela funcionária com cara de tédio que balbuciava uma série de códigos que eu supunha que resolveriam todos os meus problemas. Saio do campus, e sou assaltado no ponto de ônibus em plena luz do dia, às 11 da manhã de uma quarta feira. Claro que eu ousei fazer aquela cena clássica dos indignados: olhei pro céu, e disse fulo da vida “PÔ, VALEU AÍ! VOCÊ GOSTA MUITO DE MIM NÉ???”. Ignorei o olhar de repudio e galhofa dos passantes e segui meu caminho. Inteiro. Sem meu celular e sem 20 reais, mas ainda assim inteiro. Olha, abro um parêntese aqui para dizer que eu NÃO SOU UMA PESSOA NEGATIVA. Aliás, sou um bocó mesmo. Sempre acho que as coisas vão melhorar, mas nessa manhã, ignorei sonoramente toda minha positividade e me mandei catar coquinho. Consegui resolver meu problema e me matriculei.
Nunca vou me esquecer a minha cara de vitória ao passar por aquele portão, agora imaginando que na minha testa vinha reluzente a palavra: UNIVERSITÁRIO. Me sentia muito importante. Resolvi reproduzir mais uma cena clichê de novelas das oito: joguei a mochila na areia (e daí? Já tinha sido assaltado mesmo :D ) e me taquei com roupa e tudo no mar. Esqueci mochila, esqueci problemas, esqueci de tudo. Só me veio na cabeça um ditado popular: “o que a brisa leva, retorna com o vento”.
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